O rosmaninho (Lavandula stoechas) é uma das várias espécies e variedades de alfazemas espontâneas no nosso território. Planta alegre e garrida, enche de aromas os assados e de tons de roxo o horizonte. Se tem um recanto soalheiro na varanda, ponha lá um vaso de rosmaninho, recomenda Luís Alves. “É a planta que dá menos trabalho a cuidar porque não precisa de rega, dá-se bem perto do mar, em altitude e aguenta condições extremas”, refere. Por essa razão, é uma planta popular nos chamados jardins de baixa manutenção ou “xerojardins”. Se já está a criar uma pequena horta na varanda, ou um jardim de aromáticas ou ainda o seu kit de primeiros socorros botânico, acrescente-lhe uma floreira de rosmaninho para ter o gosto de cultivar uma planta que pertence ao nosso património silvestre.
O que distingue o nosso rosmaninho das alfazemas dos campos do Sul de França é que ele “é um bocadinho como nós, portugueses”, brinca o agrónomo do Cantinho das Aromáticas. “As alfazemas francesas são mais elegantes, mais arrumadinhas. O rosmaninho é mais faroleiro”, refere. O seu penacho “despenteado” distingue-o de outras primas e dá-lhe uma graça singular. Use as flores para aromatizar o açúcar dos bolos e bolachas e temperar o assado.
FACTOS SOBRE AS ALFAZEMAS
Como cultivar, cuidar e colher
Alfazemas portuguesas
Existem inúmeras espécies e variedades de alfazemas, das quais algumas são espontâneas no nosso país, tais como os rosmaninhos, a alfazema de folha recortada e rosmaninho-verde.
Características
Arbusto perene, de folhas cinzentas e persistentes, muito resistente a condições climáticas extremas. A floração ocorre entre o fim da primavera e o verão. A cor das flores é normalmente lilás (ou azulada), podendo ser também branca ou rosa. É excelente como planta ornamental de exterior.
Como cultivar e cuidar
Gosta de solos pobres e bem drenados, com uma boa exposição solar. Plantar em compassos de 50 cm. Vive bem em altitude ou na proximidade do mar. Adapta-se bem em vasos e floreiras, mas o substrato deve ser mudado com regularidade. Cortar a planta regularmente, sobretudo após a floração. Nunca a deixar desprovida de folhas após a poda. Evitar plantar na bordadura dos relvados, porque não suporta a rega por aspersão. Depois de instalada e assim que assume o porte adulto, não necessitará de rega para sobreviver.
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